Os guitarristas dos Rammstein, Richard Z. Kruspe e Paul Landers, revelaram numa recente entrevista ao site Guitarworld, alguns pormenores sobre o processo de gravação do sétimo disco da banda e sobre a sonoridade que os fãs podem esperar deste novo trabalho, que tem data de lançamento prevista para abril deste ano.
Paul Landers:
«Não é demasiado estéril, nem muito puro. Tem muita vida e energia, mas não é tudo raiva. A música é mais do que isso. É diferente em Rammstein. Até se pode dizer que é divertido de se ouvir.
Queríamos mesmo que a música soasse mais quente e que gostássemos de a tocar juntos. Toda a gente com um computador consegue fazer música em casa. Pode-se programar coisas, obter programas de bateria com boa sonoridade e o áudio das placas de som que temos em casa é muito bom. Não tem mal nenhum, mas o nosso objetivo era ter algo que não pudesse ser feito em casa, onde se ouvisse realmente os humanos por detrás dos instrumentos. Acho que é bom para nós ver o baterista tocar enquanto trabalhamos nas músicas e ver que há pessoas reais envolvidas na banda».
Richard Z. Kruspe:
«Estava com o Till [Lindemann], o nosso vocalista, e para minha grande surpresa ele adorou o que eu estava a tocar. Há uma variedade de moods que ele gostou. Obviamente, ao ouvir o disco, ainda persistem elementos dos Rammstein. Ainda somos nós. Mas experimentámos muito com certo tipo de harmonias nos versos e com muitas estruturas melódicas nas canções».
Paul Landers:
«Sentámo-nos em círculo e tocámos todas as ideias que tínhamos, em vez de rejeitar à partida o que quer que fosse. Tocámos e tocámos. Para nós foi muito bom estarmos juntos pela primeira vez. Antes sentava-me ao computador, tocava uma parte e enviava para todos. Este foi muito mais um processo de uma banda de verdade.
Nós discutimos tanto [risos] Nunca nos damos bem. Discutimos sempre que estamos juntos. Somos seis indivíduos e seis opiniões e estamos todos envolvidos em tudo, por isso zangamo-nos. Não andamos ao murro nem nada disso, tentamos gritar apenas – ainda não estamos assim tão acabados. Esperemos nunca andar ao murro e que possamos resolver tudo com diálogo.
Para nós, é a única forma de trabalhar. Estamos presos uns aos outros. Nenhum de nós pode sair, senão não seria Rammstein».